A pandemia do vírus do COVID-19 está reorganizando os padrões de atendimento, com algumas mudanças para o atendimento online, e precisamos permanecer prontos para atender às necessidades das pessoas vivendo com enxaqueca.
Medidas práticas para manter o manejo eficaz da enxaqueca e reduzir o risco de disseminação do COVID-19 foram sugeridas pela Fundação Americana de Enxaqueca (American Migraine Foundation).1
Em resumo, eles incluem:
- Solicitar às pessoas que se sentem mal, com tosse, falta de ar ou febre, para evitar visitas aos consultórios médicos. Deve-se procurar se consultar com um clínico geral.
- Adiamento de consultas não emergenciais por pelo menos as próximas oito semanas
- O aumento do uso da telemedicina, com chamadas telefônicas ou videoconferência substituindo as consultas presenciais. Isso é considerado uma alternativa segura, por exemplo, para muitas consultas ambulatoriais de acompanhamento
- Reduzir a necessidade de idas às farmácias, garantindo o suprimento de medicamentos por vários meses para os pacientes.
- Limitar a necessidade de idas à emergência, estabelecendo planos para terapia de resgate quando a dor de cabeça não responde ao tratamento de primeira linha habitual.
Para pacientes elegíveis, o tratamento preventivo de episódios de enxaqueca poderia complementar essa abordagem.
A enxaqueca afeta mais de 10% da população mundial5
Manejando o estresse em um momento de ansiedade
A enxaqueca pode ser desencadeada pelo estresse,2 e o COVID-19 é amplamente percebido como uma causa de estresse: em uma pesquisa nacional realizada na China em janeiro de 2020, 8% dos entrevistados relataram sintomas de estresse moderados a graves como resultado da pandemia.3 Portanto, as técnicas de redução de estresse podem funcionar na redução da frequência de enxaqueca.
O conselho da Associação Americana de Psicologia sobre o manejo do estresse inclui estas sugestões baseadas em evidências:4
- cultivar apoio social,
- relaxamento, meditação,
- garantir um sono saudável,
- exercícios físicos, e
- reestruturação de pensamentos por meio da terapia cognitivo-comportamental.
Embora o exercício físico ao ar livre seja limitado em um período de distanciamento social, existem rotinas que podem ser feitas em casa; e o apoio social não requer contato presencial.
Uma possível consequência da necessária concentração nos serviços médicos de emergência é que a enxaqueca, já subdiagnosticada e subtratada em relação à extensão da incapacitação que causa,5 cairá ainda mais na lista de prioridades.
No estudo da Carga de Doença Global (Global Burden of Disease) de 2015, a enxaqueca foi uma das oito doenças crônicas que afetaram mais de 10% da população mundial.5
Dado o impacto da enxaqueca na vida das pessoas, devemos nos esforçar para garantir que as necessidades das pessoas que sofrem dessa condição continuem sendo atendidas.6
Our correspondent’s highlights from the symposium are meant as a fair representation of the scientific content presented. The views and opinions expressed on this page do not necessarily reflect those of Lundbeck.